terça-feira, 18 de agosto de 2009

Um pouco sobre Moda sustentável

Moda sustentável

A humanidade já consome 25% mais recursos do que a capacidade de renovação da Terra. Se os padrões de consumo se mantiverem no atual patamar, em menos de 50 anos serão necessários dois planetas Terra para atender nossas necessidades de água, energia e alimentos. E isto já está sendo comprovado pelo acesso irregular à água de qualidade em várias partes do mundo, na poluição dos grandes centros urbanos e no aquecimento global.
A melhor maneira de tentar mudar isso é a partir das escolhas de consumo e o uso mais consciente dos recursos naturais. Todo consumo causa impacto ambiental, positivo ou negativo: na economia, nas relações sociais, na natureza e em nós mesmos.
Ao tomar conhecimento destes impactos na hora de escolher o que comprar, de quem comprar e definir a maneira de usar e como descartar o que não serve mais, o consumidor buscará “maximizar” os impactos positivos e “minimizar” os negativos.


A complexidade da vida moderna tem como ponto fundamental o livre comércio, associado a um poderoso sistema de marketing que estimula o desejo, mais do que satisfaz necessidades, por meio de estratégias que exploram as condições psicológicas dos indivíduos. Mas o sistema de produção necessário para suprir essa demanda gera pressões sobre o ambiente natural que, segundo a pegada ecológica, já “não” tem mais condições de se recuperar mantendo o mercado global sustentável. É necessário reduzir o consumo e isso é responsabilidade de cada um.

A moda é uma forma de expressão individual e cultural. E a indústria brasileira, assim como grandes segmentos econômicos do País, tem criado um “megafone” para a causa da sustentabilidade. Sabemos que somos bebes que ainda engatinham, mas especialistas do setor explicam que a moda da França se destaca pelo luxo; na Itália, pelo design, o Brasil, então, poderá se afirmar nas próximas décadas com uma moda sustentável e criativa: economicamente viável, socialmente justa e ambientalmente correta. (Esperamos!)

Essa tomada de consciência deixou de ser coisa de hippie da década de 70, e as roupas não têm mais um caráter artesanal, incorporaram design e tecnologia.

As roupas ecológicas são aquelas feitas de materiais reciclados, tecidos orgânicos (cultivado sem agrotóxico ou fertilizantes naturais), couros alternativos e novas fibras naturais, criando uma ponte entre os produtores de materiais ecológicos e os estilistas e suas marcas.


As fibras naturais, de origem vegetal ou animal, são matérias-primas renováveis, costumam ser mais agradáveis ao toque e absorvem melhor a umidade do corpo.
(As fibras sintéticas são derivadas do petróleo (repare na etiqueta: elas têm as iniciais po poliamida, poliéster, polietileno, polipropileno)).
Outro babado é o algodão que já nasce colorido, nos tons marrom, vermelho e verde uma saída aos estragos causados pelo tingimento químico. Desenvolvido pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) há seis anos através do melhoramento genético da planta, a nova espécie (que só cresce na Paraíba) é produzida por cooperativas que valorizam a agricultura familiar e o artesanato local.
Por serem produzidas em baixa escala, a maioria das roupas são cerca de 30% mais caras. A boa notícia é que você pode entrar nessa onda de muitas maneiras. Como?


O que nós, como indivíduos, podemos fazer para ajudar e reduzir os impactos ambientais?
Lógico que a mudança de hábitos é um trabalho árduo, afinal trata-se diretamente com a cultura das pessoas e região. Mas ações individuais ou transformações simples nestes hábitos, farão sim alguma diferença! Não estamos tratando de mudanças super radicais, ninguém vai precisar ficar sem tomar aquele banho mais demorado...Porém façamos uma vez na semana e também dá para compensar com outras atitudes: para que ficar uma hora lavando a calçada? Só ai vão litros e litros de água desperdiçadas.

Alguns exemplos de ações, nos demonstram que é possível contribuir:
O Projeto Retece é uma das iniciativas do Ecotece para levar os conceitos do Vestir Consciente para as classes menos favorecidas da sociedade.

Baseado em técnicas simples e muita criatividade, o projeto Retece demonstra como é fácil, gostoso e mesmo lucrativo o ato de reformar roupas e reaproveitar retalhos e refugos de confecções, muitas vezes jogados no lixo. Através dessas práticas, aborda temas como a valorização do trabalho artesanal, questões de gênero e relações domésticas, auto-estima e capacidade de transformação pessoal e coletiva.

Uma pesquisa realizada pela ONG britânica Creative Economy revelou que todos os anos mais de um milhão de toneladas de roupas e têxteis são descartados em aterros e locais inadequados em todo o mundo.

Sendo em torno de 170 toneladas mensais no Brasil e só na região de Santo André, SP, onde o Projeto se encontra, cerca de 4 toneladas de resíduos de confecções destinados a aterros todos os meses, segundo o Departamento de Geração de Trabalho e Renda da prefeitura.

Através de parcerias com empresas responsáveis que destinam seus resíduos de forma consciente, o Projeto Retece tem se desenvolvido e contribuido para que a moda faça parte de um ciclo que cria-se e se Retece. (fontes: site ecotece)

Continuação em breve!!!!!!!





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